Foto: Polícia Civil (Divulgação)
A Polícia Civil revelou detalhes sobre o crime que chocou o Vale do Sinos: o assassinato de um bebê de dois meses, sua mãe, de 18 anos, e um adolescente, de 15. As vítimas foram identificadas como Miguel Martins Kosmalski, Kauany Martins Kosmalski e Ariel Silva da Rosa.
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Em coletiva de imprensa, a Polícia Civil apontou um líder religioso como autor confesso do crime, além do envolvimento de sua esposa e de dois adolescentes.
De acordo com informações do portal ABCmais, as vítimas desapareceram no domingo (20), e os corpos foram localizados na tarde de terça-feira (22), em uma vala às margens do Rio dos Sinos, cobertos com galhos.
A delegada Marcela Smolenaars informou que o pai de santo, identificado como Josemar Antunes, 46 anos, confessou ter matado Kauany e Ariel a facadas. Segundo ela, o adolescente era amigo da jovem.
— Em um primeiro momento, ele confessou ter assassinado Kauany e Ariel com golpes de faca. Os menores apenas ajudaram na ocultação dos corpos, que foram abandonados às margens do Rio dos Sinos — detalhou a delegada.
Antunes e os dois adolescentes, de 15 e 17 anos, foram detidos pela Polícia Civil na noite de terça-feira. Inicialmente, a esposa dele, Belisia de Fátima, 41 anos, negou envolvimento no caso. No entanto, na madrugada desta quarta-feira (23), ela procurou a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Canoas e admitiu participação, confessando ser responsável pela morte de Kauany. Segundo a investigação, Belisia mudou sua versão após a prisão do marido e dos menores. Vizinhos revoltados chegaram a incendiar a residência do casal.
A delegada Marcela detalhou que Belisia teria matado Kauany, enquanto Josemar foi o autor da morte de Ariel. O crime, agora tratado como feminicídio triplamente majorado, teria sido motivado por ciúmes, já que o bebê de Kauany era filho de Josemar.

A polícia ainda apura as circunstâncias da morte do bebê, que saiu com vida da residência e foi encontrado morto, enrolado em um cobertor. As investigações indicam que os corpos foram transportados até a margem do rio em um carro, com os menores acomodados no banco de trás segurando o recém-nascido.
Outros integrantes do grupo religioso também são investigados por possível envolvimento no crime, e a polícia não descarta novas prisões. Josemar e Belisia foram presos preventivamente e encaminhados ao sistema prisional. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes e a motivação do crime.